Arquivo da categoria ‘Gestão Educacional’
Celso Niskier
Diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)
Reitor do Centro Universitário UniCarioca
***
A recente pesquisa realizada pela empresa Educa Insight, e divulgada em parceria com a ABMES, demonstra uma realidade palpável: a grande maioria (78%) das instituições de educação superior fez a migração para as aulas remotas, em tempo recorde. Dos alunos entrevistados, 89% já estão utilizando as aulas “ao vivo”, com a participação engajada dos professores. E, dentre esses alunos, a avaliação é bem positiva (71%).
Esses são os dados principais da 2ª etapa da pesquisa “Coronavírus e educação superior: o que pensam os alunos”, apresentada em Seminário Virtual realizado pela ABMES, que contou com mais de 780 dispositivos conectados, via YouTube.
Karla Ikeda
Publicitária, especialista em branding e marketing de serviços, responsável pela gestão de comunicação da Osas e Grupo Emepar e autora publicada com livro de gerenciamento de carreiras artísticas
***
Com criatividade e investimento assertivo escolas digitais podem ir além de aulas online e acervos acadêmicos digitais
Nunca se viu no mundo a quantidade de aulas online que vemos hoje. Da educação infantil aos cursos de mestrado e doutorado, todos tiveram que se adaptar. Escolas e estudantes, mesmo os que antes eram avessos aos estudos na frente da tela de um computador, precisaram se render e a verdade é muitos foram conquistados pela ideia de aprender e ensinar em canais digitais.
Disciplina para estudar em casa nem sempre é fácil, mas a situação de isolamento nos ensinou a preparar espaços tranquilos para trabalho e estudo e as aulas foram um escape perfeito e pertinente para quando até mesmo os seriados e as lives de artistas já tinham nos cansado.
Gabriel Mario Rodrigues
Presidente do Conselho de Administração da ABMES
***
“Um homem desejoso de trabalhar e que não consegue encontrar trabalho, talvez seja o espetáculo mais triste que a desigualdade ostenta ao cimo da terra.” (Thomas Carlyle)
Professor universitário, meio desacorçoado com a situação em que está vivendo, desabafa num e-mail, contando um filme[1] baseado em fato real do menino que vivia dentro de uma bolha de plástico, por ter uma síndrome imunológica grave. Escreve meio apavorado: “O filme tem mais de 44 anos e não me sai da cabeça: tanto como professor quanto cidadão tenho a sensação de que cada um de nós terá que viver envolto em uma bolha ou vestido com um traje de astronauta, pois o mundo está cada vez mais exposto a vírus mutantes e desconhecidos. Com certeza afirmo que meus três filhos não voltarão a frequentar a escola enquanto a vacina ou o tratamento cientificamente validado sejam criados. Eu e minha esposa, professores universitários, não voltaremos a frequentar salas de aula pelo mesmo motivo. Não há garantias científicas, e o risco de vida é muito maior do que o benefício econômico ou acadêmico”.
Devem haver milhares de pais que pensam do mesmo jeito e, em mais de 50 países, por razões diversas, há o mesmo discernimento.